sábado, 29 de dezembro de 2012

50. Jorge Marques



“Insólito
Acrílico, técnica mista s/ madeira
56x56cm



Nasceu a 19 de Dezembro de 1966, em Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia. Autodidata, Jorge Marques divide a sua atividade entre a música e a pintura, formas de expressão que o acompanham desde cedo, permitindo-lhe projetar-se em cenários onde o sonho e a fantasia se manifestam através de uma linguagem pictórica que se enquadra com a sua forma de estar na vida.

Paralelamente, tem uma carreira musical com mais de duas décadas, como vocalista de uma das mais antigas e carismáticas bandas portuguesas ainda no ativo, Tarantula. No seu currículum consta também a ilustração de livros, conceção de cenários bem como de alguns projetos musicais (capas de discos etc...) Tem participado em diversos eventos na área de animação e ocupação de tempos livres. Está representado em algumas coleções particulares em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente em França, Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos da América.

Exposições individuais:
1997 – Posto de Turismo da Granja, Vila Nova de Gaia;
1997 – Posto de Turismo da Beira Rio, Vila Nova de Gaia;
1997 – Cinema do Terço, Porto;
1998 – Galeria Torres Bárbara, Vila Nova de Gaia;
1998 – Posto de Turismo da Granja, Vila Nova de Gaia;
1998 - Junta de Freguesia de Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia;
1999 – Padaria Velha, Santa Maria, Açores.
1999 – Hotel Internacional do Porto, Porto;
2001 – Câmara Municipal de Ponta Delgada, Açores;
2001 – Museu da Graciosa, Açores;
2001 – Auditório Municipal de Gaia, Vila Nova de Gaia;
2001 – Hotel Le Meridien Park Atlantic, Porto;
2001 – Junta de Freguesia de Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia;
2002 – Posto de Turismo da Beira Rio, Vila Nova de Gaia;
2002 – Junta de Freguesia de Paços de Brandão, Santa Maria da Feira;
2002 - Galeria da Liga dos Combatentes, Porto;
2003 – Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Faial;
2003 - Galeria Agruparte, Porto
2003 - Biblioteca Municipal de Penafiel
2004 – Posto de Turismo da Póvoa de Varzim
2004 / 2005 – Espaço Labmed, Porto.
2005 – Coliseu do Porto
2005 – Ordem dos Médicos, Porto.
2005 – Galeria Daniel Constant, Vila Nova de Gaia.
2007 – Galeria de Arte “Garfos & Letras”, Porto
2009 – Junta de Freguesia de Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia;
2010 – Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Porto.
2011- Cine-teatro Eduardo Brazão, Valadares, Vila Nova de Gaia.

Exposições colectivas:
1996 – Grupo Dramático de Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia;
1997 – Galeria Avioni, Vila Nova de Gaia;
1997 – Casa Museu Teixeira Lopes, Vila Nova de Gaia;
1997 – Galeria Torres Bárbara, Vila Nova de Gaia;
1998 – Biblioteca Municipal de Vila Nova de Gaia;
1998 - "12º Encontro com a Arte", Vila de Moreira, Maia;
1998 - Auditório Municipal de Vila do Conde;
1998 – Museu de Vouzela;
1998 – Hotel Holiday Inn, Vila Nova de Gaia;
1999 - Centro de Exposições de Valongo;
1999 - "13º Encontro com a Arte", Vila de Moreira, Maia;
1999 – Mosteiro da Serra do Pilar, Vila Nova Gaia;
1999 – “I Exposição Internacional de Artes Plásticas”, Vila Real de Santo António;
2000 - Exposição Internacional de Artes Plásticas , Vendas Novas;
2000 – “14º Encontro com a Arte” , Vila de Moreira, Maia;
2000 - Hotel Internacional, Porto;
2000 – Casa Museu Teixeira Lopes, Vila Nova de Gaia;
2000 – Galeria Maria Manuela, Vila Nova de Gaia;
2001 – “15º Encontro com a Arte”, Vila de Moreira, Maia;
2002 - “16º Encontro com a Arte”, Vila de Moreira, Maia;
2002 – Galeria Borges, Aveiro;
2003 – “17º Encontro com a Arte”, Vila de Moreira, Maia;
2003 – Galeria “Agruparte”, Porto;
2003 – Fundação Jorge Antunes, Vizela;
2004 – Théâtre Donald Cardwell, Draveil , France;
2004 – Encontr’artes 2004,Casa da Cultura de Paredes;
2005 – Galeria Maria Manuela, Vila Nova de Gaia
2006 – Ordem dos Médicos, Porto.
2006 - Centro de Cultura e Recreio de Cortegaça.
2007 – 1º Exposição Internacional de Artes Plásticas, Pinhel.

Distinções:
1998 - 2º Prémio de Pintura no "12º Encontro com a Arte", na Vila de Moreira, Maia.
1999 - 1º Prémio de Pintura no "13º Encontro com a Arte", na Vila de Moreira, Maia.


 “A Pintura Cosmológica" por Sérgio Mourão
A pintura de Jorge Marques precisa de uma maior expansão junto do público. E precisa porque justifica essa difusão pelos valores e conteúdos que comunica.
Na verdade, a sua pintura contém valores de modernidade e futuristas que o artista representa com um saber cosmológico que é imanente à sua arte.
A sua presença no mundo das artes plásticas deve ser entendida como um compromisso de pintar mais e aparecer junto do público com uma constância que permita avaliar o que de notável a obra de Jorge Marques possui no seu conceptualismo, onde as luzes, as esferas e universos parecem oásis da imaginação poética.
As linhas de contorno, os cromatismos, as sugestões são suportes de uma invulgar força anímica que permite ao artista rebuscar o mistério do tempo e do espaço, com conteúdos onde paira, por vezes, o fascínio do génio humano, principalmente a síntese de um subconsciente que toca os limites de um neosurrealismo, exprimindo a vertente mágica do autor e universalizando as linhas e os planos que nos transcendem.
Eu sinto a paisagem lunar e o esplendor de outros sóis e galáxias na pintura cosmológica de Jorge Marques como se tratasse de um sonho ao qual só os visionários têm acesso. É este privilégio conceptual que confere à pintura deste artista a grandeza adequada de quem sabe criar, talhar e exibir uma técnica primorosa na execução da obra. E isto não sucede apenas nas linhas que traça, mas sobretudo nos diversos planos e vários segmentos que dão uma expressão de beleza e de equilíbrio aos seus trabalhos, como se de musicalidade se tratasse. Os traços circulares e as esferas, de uma visibilidade grandiosa, têm solidez plástica e são formalmente nucleares no desenvolvimento do seu trabalho plástico, formal e pictórico.
É flagrante, por exemplo, a maneira de resolver os motivos paisagísticos de uma natureza que não é familiar aos nossos olhos, e por isso mesmo, rodeada de poesia e mistério, como se os elementos fossem a cristalização da alma do pintor em busca de outros mundos. O espaço pictórico de Jorge Marques convida-nos a sonhar e a acreditar na vida, renovada de amplos horizontes, de entendimentos estilísticos, de sedutoras mineralizações, restos de lagos, como se quisesse assim anunciar as amplitudes e as perspetivas mais profundas que existem sempre adormecidas em cada ser.
As sugestões de bidimensionalidade completam a instauração da linguagem onírica do artista, refulgente de espiritualidade. Os elementos pictóricos não são utilizados como fins, mas regressam principalmente na facetação dos planos e das luminosidades, à sua condição de meios, exercendo forte influência, diria mesmo expressiva, na afirmação de uma natureza outra que documenta a dimensão interior do artista. E são esses meios criativos e estilísticos que motivam os encantos e as exaltações da sua obra, numa vaga de fundo do misterioso cosmos em que a natureza humana está também omnipresente.
Sérgio Mourão

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